segunda-feira, 18 de agosto de 2008

"Lamento sertanejo"
Dominguinhos/ Gilberto Gil

Por ser de lá
Do sertão, lá do cerrado
Lá do interior do mato
Da caatinga do roçado.
Eu quase não saio
Eu quase não tenho amigos
Eu quase que não consigo
Ficar na cidade sem viver contrariado.

Por ser de lá
Na certa por isso mesmo
Não gosto de cama mole
Não sei comer sem torresmo.
Eu quase não falo
Eu quase não sei de nada
Sou como rês desgarrada
Nessa multidão boiada caminhando a esmo.

domingo, 17 de agosto de 2008

grande problema...

Elizeth Cardoso, Maria Bethânia, Maysa, Elis Regina ou Altemar Dutra?

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

"Grão de mar"

Composição: Marcelo Arantes / Chico César

Lá no meu sertão plantei
Sementes de mar
Grãos de navegar
Partir
So de imaginar, eu vi
Água de aguardar
Onda a me levar
E eu quase fui feliz

Mas nos longes onde andei
Nada de achar
Mar que semeei, perdi
A flor do sertão caiu
Pedra de plantar
Rosa que não há
Não dá
Não dói, nem diz

E o mar ficou lá no sertão
E o meu sertão em nenhum lugar
Como o amor que eu nunca encontrei
Mas existe em mim

domingo, 3 de agosto de 2008

"Doralice"
Composição: Dorival Caymmi/ Antônio Almeida

Doralice, eu bem que lhe disse
amar é tolice, é bobagem, é ilusão
Eu prefiro viver tão sozinho ao som do lamento do meu violão
Doralice, eu bem que lhe disse
olha essa embrulhada em que vou me meter
Agora, amor, Doralice, meu bem, como é que nós vamos fazer?

Um belo dia você me surgiu
eu quis fugir mas você insistiu
Alguma coisa bem que andava me avisando
até parece que eu estava adivinhando
Eu bem que não queria me casar contigo
bem que não queria enfrentar esse perigo, Doralice
Agora você tem que me dizer como é que nós vamos fazer?

sexta-feira, 1 de agosto de 2008


*será que a luz do sol está formando um coração? ou será simplesmente uma interrogação?

"Poema azul"
Composição: Sérgio Ricardo
Na voz de Maria Bethânia

O mar beijando a areia
O céu e a lua cheia
Que cai no mar
Que abraça a areia
Que mostra o céu
E a lua cheia
Que prateia
Os cabelos do meu bem.
Que olhar o mar beijando a areia
E uma estrelinha solta no céu
Que cai no mar
Que abraça a areia
Que mostra ao céu e à lua cheia
Um beijo meu.

Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim. A tua beleza aumenta quando estamos sós. E tão fundo, intimamente, a tua voz segue o mais secreto bailar do meu sonho, que momentos há em que eu suponho seres um milagre criado só pra mim.
(Sophia de Mello Breyner)